Engajamento, propósito e autoconhecimento são palavras chaves no aprendizado da felicidade, e a psicologia positiva pode ajudar

No quinto painel do dia 6/6, do 2º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa, foi discutido o caminho para aprender a ser feliz e os speakers mostraram que podemos provocar experiências positivas no meio corporativo

Por João Marcos Rainho

Esse painel começou com a necessária explicação do conceito de psicologia
positiva, que começa a se espalhar pelas organizações. Participaram Amelina
Prates, diretora de operações, Gluck Consultoria Imobiliária Ltda / Adão
Imóveis Ltda; Naira Feldman, gerente de Comunicação Estratégica e
Reputação / Líder de Talent Engagement da LLYC; Suzie Clavery, gerente
sênior de Employer Branding People Experience e Comunicação Interna da
UnitedHelth Group.

“Psicologia positiva é a construção de trazer o modelo mental otimista, aquela
visão conhecida de ver o meio copo cheio”, explicou Naiara Feldman. “É uma
ferramenta para trazer a felicidade para nossas equipes. Existe agora o cargo
de CHO, que já foi falando neste evento, e estudos pragmáticos já mostram
como a felicidade impacta no trabalho e nos resultados nos de negócios. Trata
de faturamento e inovações”.

Suzi Clavery complementa que é um conceito relativamente novo, num
contexto onde onde a psicologia focava muito problemas como depressão,
síndrome de burnout, e tantos outros relacionados a saúde mental e “entramos
agora num foco proposto por Martin Seligman [autor de Manual de Psicologia
Positiva, e diversos outros livros], que nos ensina a mudar nossa mentalidade
de uma maneira mais positiva”. Ela garantiu que esse assunto tem se tornado
um grande diferencial nas empresas.

A grade questão, para Amelina Prates, é como por em prática esse conceito,
ter uma gestão por propósitos. Atuando numa empresa comercial, onde os
resultados dos negócios são feitos 100% por pessoas, a diretora de operações
chamou a atenção para o fato de como “a gestão das emoções e a percepção
de acolhimento, treinamento e desenvolvimento estão ali o tempo todo para
desafiar a equipe para chegar a um ambiente positivo”. E assim conseguir o
que as empresas no final almejam: conseguir maior produtividade. “Batemos
recordes após recordes”, comemora. E essa visão de negócio deve partir da
alta administração. Em sua empresa, Amelina lembrou que tiveram a sorte de
ter um CEO antenado com essas tendências. “É um apaixonado pelo tema que

já viajou à Miami para participar de um congresso de felicidade corporativa, e
trouxe essa leitura de para toda a liderança que felicidade dá lucro”.
Suzi destacou que agora existe o CHO como nova profissão, ela mesmo é
formada nessa qualificação, mas o que é importante, disse, é que não é bem
uma cadeira, um job description, mas “uma forma de como você pode
encorajar outras pessoas a fazer coisas bacanas e serem felizes, e entender
que pessoas felizes geram mais resultados”. Tal proposta começa a chamar a
atenção das empresas e muitas começam a adotar os conceitos, “mas ainda
de maneira muito superficial”, reflete a gerente sênior de uma empresa com 40
mil funcionários no Brasil. “Aqui, tanto o pessoal que atua diretamente com
assistência direta à saúde e a equipe administrativa, entendem que estão ali
todos os dias para salvar vidas”. A felicidade, portanto, está alinhada com esse
propósito.

A ronda do compartilhamento é uma técnica utilizada na empresa de Amelina.
“Temos um coaching individual, com grupos pequenos, e trabalhamos com o
conceito de que muita coisa depende do colaborador, de como gerencia sua
própria carreira, a sua vida, as suas escolhas e trabalhamos isso que se chama
força de caráter”. Amelina traz ainda para a equipe palestras constantes sobre
a ciência da felicidade e seus pilares.

A pandemia ajudou muito essa percepção de valorizar mais o interno, as
empresas “passaram a olhar mais para dentro e entendendo os colaboradores
com verdadeiros embaixadores da corporação ”, relata Naiara. “Se a pessoa
não está feliz onde trabalha, como leva essa reputação para da empresa?”,
questiona.

E isso remete a diversidade e inclusão. Suzi destacou que não é possível falar
de felicidade sem abordar a diversidade e inclusão. As pessoas precisam se
identificar com outras na empresa, saber que tem espaço e são respeitadas
pelo que são: “Não posso me considerar feliz na minha vida, no meu trabalho,
se eu tiver que vestir numa máscara e ser uma pessoa que não sou ou não ter
representatividade daquilo que gostaria de ser”

Amelina interrompeu para falar que resultado é sempre nosso objetivo final, no
meio corporativo. “Mas resultado a qualquer custo não é mais sustentável”,
lembrou. Discursos cheios de práticas vazias não colam mais. Ela propõe:
“Comece fazendo o que e preciso, depois o que é possível. E, de repente, tudo
acontece”.

O evento pode ser acompanhado no Portal da Melhor RH e aqui no Portal Negócios
da Comunicação.


Saiba mais

2º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa – 1/2

2º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa – Dia 02


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