O consumo vertiginoso de conteúdo na web tem exigido cada vez mais conteúdo dos creators, tanto em volume quanto em qualidade. Independente do nicho, nessa nova fase do mercado os microinfluenciadores já não se dedicam apenas a publi, mas sim em criar, empreender e engajar mantendo o equilíbrio entre essas táticas.
Durante o 4ª Prêmio Microinfluenciadores Digitais e 10ª edição do Fórum sobre Marketing de Influência, especialistas apontaram como dar conta da demanda, construir conexão com as comunidades e empreender com sucesso na era da creator economy.
“Para quem vende um produto, um serviço ou uma ideia, é importante saber que antes de as pessoas comprarem um produto seu, primeiro elas compram você”, afirma Fabiana Carneiro, Gerente Sênior de Marketing e empresária da Esmerah e Jeunesse.
Seguindo a tendência do mercado atual, engajar somente pensando em publi já não é mais tão vantajoso, porque a audiência já tem definido aquilo que ela quer ver, colocando conteúdos relevantes e autênticos em evidência. “As pessoas sabem identificar quando tudo é montado. Hoje, fazer personagem já não engaja tanto, a audiência quer ver uma pessoa de verdade com uma vida de verdade”, explica Carneiro.
“Primeiro as pessoas identificam com algo seu, seja valores ou estilo de vida. Depois é que elas vão querer comprar algo seu, seja sua causa, produto ou engajamento”, completa.
FACILIDADE NÃO É SINÔNIMO DE QUALIDADE
O conteúdo nunca foi tão fácil de ser encontrado e o ambiente digital proporciona essa experiência. Cria é fácil, mas quanto mais informação se tem, mais difícil é de consumir aquela que realmente importa.
De acordo com Egnalda Côrtes, CEO da Côrtes e Companhia, ao pensar em criar, empreender e engajar, apoiar causas que importam, como a da representatividade, é um diferencial.
“O momento histórico da comunicação exige a pluralidade de conversas. As pessoas vão se encontrar nos nichos e quando se fala em empreender, é importante levar em consideração que não é somente sobre nossas crenças e ideais, mas sim relacionado com que público eu quero conversar”, afirma.
“Por exemplo, no recorte de pessoas negras no Brasil, temos um mercado em que muitas não compram se não estão se vendo na publicidade. Ou seja, quem não se comunica com essa comunidade está perdendo, e não é uma questão moral ou social, mas sim de negócios”, completa.
Para gerar um equilíbrio entre criar, empreender e engajar, as especialistas recomendam que o conteúdo seja autêntico, relevante e adequado as necessidades do mercado e do público consumidor.
“Outro exemplo são as pessoas com deficiências, que influenciam pelo menos outras quatro ao seu redor. Se eu deixo de conversar com essas pessoas, estou deixando de quadruplicar a minha possibilidade de vendas. A falta de representatividade no sentido comercial pode fazer com que você deixe de ganhar”, completa Côrtes.
SAIBA MAIS
Quer conferir todos os debates e conversas do evento? O 4ª Prêmio Microinfluenciadores Digitais e 10ª edição do Fórum sobre Marketing de Influência está disponível na integra no canal da Negócios da Comunicação.
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