No fundo, só faz um ano que a “mãe natureza” mostrou para os humanos que eles não são os donos do planeta. Parece uma eternidade, mas só se passaram 12 meses. É engraçado olhar como o tempo é variável, não é? Quando a gente está correndo na esteira, um minuto parece uma eternidade, mas quando a gente está dando um abraço em um amigo querido, um minuto não é nada. Um ano vivendo e convivendo com a pandemia parece mesmo uma eternidade. Nos acostumamos tanto com a nova forma de viver, que virou rotina trabalhar em casa, usar máscara, passar álcool gel na mão a cada 2 minutos, cumprimentar com tchau de longe e se comunicar a distância, digitalmente, por meio de mensagens curtas, muito áudio, lives, webinars, e por aí vai…
Estamos vivendo a fase de transição, aquela que antecede as grandes mudanças. É nesse momento que precisamos refletir sobre nossas atitudes, nossos valores, nossos pontos de vista, nossos amigos, nosso trabalho, nossa contribuição para a sociedade, para o vizinho e para tudo aquilo que for relevante para nós. É preciso virar algumas páginas, enterrar algumas coisas e viver esse luto. Depois disso, aceitar e viver o novo ficará mais fácil, mais natural. Podem acreditar.
A pandemia vai terminar e vamos combater o coronavírus. E nossas vidas não voltarão a ser como eram antes dessa terrível doença invadir o mundo. Também não continuarão a ser como estão hoje. Como serão exatamente acho que ninguém sabe, mas temos uma grande chance nas mãos de fazer tudo novo, de novo. De melhorar o que já estava bom. De arrumar o que estava ruim. De refazer o que estava péssimo. Aprendemos muito, sofremos muito e não vamos deixar que tudo isso simplesmente fique esquecido no tempo. Vamos usar a favor da sociedade e do planeta.
Se você chegou até aqui, pode estar se perguntando: e qual a relação de tudo isso com comunicação institucional? Da mesma forma que a maneira como vivemos está em transição e o terceiro tempo vai chegar, a comunicação também está em transição. É preciso revisitar fluxos, processos, mensagens, posicionamentos, enterrar antigos hábitos, viver o luto, testar novos modelos e arriscar. A hora é essa, enquanto ainda estamos em transição. Quando a mudança chegar, as empresas e os profissionais que já tiverem feito isso, certamente estarão muito melhor preparados para enfrentar a nova sociedade, o novo mundo.