Tratar de estratégias de comunicação de uma empresa sempre é um desafio a tantas mudanças. O mercado está sempre se reinventando conforme os movimentos e as pautas sociais. Os perfis das redes sociais são os maiores promotores de diversidade de vozes e ações dentro e fora da plataforma. Em sua oitava edição, o Fórum sobre Marketing de Influência – Empreendedores da Comunicação, realizado pela CECOM , em parceria com o Plataforma Negócios da Comunicação, mostrou a transformação positiva de micro e nano influenciadores na disseminação de diferentes pluralidades.
Líder de Comunicação Digital da Bayer, Mariana Maciel mediou a conversa Minha @, meu espelho – A transformação positiva que perfis tem promovido no ambiente cada vez mais diverso das plataformas com a participação de Marcos Felipe Oli (@marcosfelipeoli), Junior Diogo (@juniordiogo) e Juliana Rangel (@eujurangel) e falou com a NC sobre a importância de incluir diversidade de falas dentro da filosofia da empresa e em suas ações digitais. Confira.
NC – Como você avalia hoje a diversidade de vozes nas redes sociais? Como as empresas podem trabalhar para abraçar mais esse público?
Mariana Maciel – A diversidade nas redes sociais existe, mas ela ainda não recebe a devida atenção das marcas. Mais do que lembrar de incluir sempre perfis diversos em suas ações e campanhas, os times das empresas precisam ter uma mudança de mindset, para que esse tipo de parâmetro não tenha mais que ser lembrado e se torne algo natural, como deve ser. Vale um trabalho prévio nas empresas que realmente querem levar isso a sério de providenciar consultorias, workshops e o que for necessário para quebrar vieses inconscientes e para que o olhar de todos em suas áreas de comunicação e marketing esteja mais aguçado para os temas de inclusão e diversidade.
NC – Muito se discute sobre o recorte “idealizado” da realidade nas redes sociais. Qual a importância de trazer a realidade da vida para as mídias, principalmente com a pandemia?
Mariana Maciel – A pandemia e o isolamento social fizeram com que o princípio mais básico de criação das redes sociais fosse resgatado, que é o de se sentir pertencendo a uma comunidade no ambiente digital. Seja a comunidade de uma cidade, de um bairro, de uma faixa etária, de um interesse cultural ou de um grupo de profissões, por exemplo. Ficou muito evidente que o número de alcance e impressões não é o mais relevante e as pessoas querem se conectar com seus semelhantes ou, no máximo, com pessoas diferentes delas, mas que compartilhem os mesmos valores e sirvam como inspiração a elas neste momento. Dificilmente quem não vive exatamente a mesma realidade vai se sentir confortável em acompanhar os perfis de “vida perfeita” enquanto milhares de pessoas perdem o básico para viver.
NC – Há uma discussão crescente sobre a apropriação de pautas de movimentos sociais pelas marcas. Como a Bayer se posiciona sobre o tema?
Mariana Maciel – A Bayer tem valores claros e sempre vai pautar suas ações de comunicação com base nesses princípios, e nunca apenas porque algo virou trending topic. Além disso, comunicamos sempre o que vivemos e o que temos ações concretas para compartilhar. Por exemplo, divulgamos recentemente o primeiro programa de trainees do mercado (simultaneamente com o Magazine Luiza) voltado para profissionais negros. Podemos, então, compartilhar nosso compromisso e avanços com esse tema. Se não tivéssemos algo concreto para esse grupo não nos apropriaríamos de um tema apenas porque precisamos comunicar alguma coisa.
NC – Como as marcas devem trabalhar para criar um impacto positivo na sociedade com suas ações?
Mariana Maciel – Sempre atuando com ações de comunicação que auxiliem na percepção e na quebra dos vieses inconscientes e tendo a inclusão e a diversidade como fatores-chave em tudo. E nunca esquecendo do princípio básico de que devemos comunicar o que realmente vivemos e temos propriedade para falar, e nunca apenas porque é um assunto em alta.
NC – Quais são os caminhos utilizados pela Bayer para garantir uma boa performance junto ao algoritmo na divulgação do conteúdo em parceria com influenciadores?
Mariana Maciel – Usamos ferramentas para entender a performance dos influenciadores com os quais queremos trabalhar, seja no momento da definição desse time ou depois que a ação já foi executada. Além disso, sempre compartilhamos boas práticas e aprendizados dos nossos canais proprietários, por exemplo, com esses grupos para que possam usar em seus conteúdos. E o mais importante de tudo é sempre trabalhar a co-criação na hora de planejar os conteúdos com esse público, já que eles entendem melhor do que ninguém o que funciona com sua base e que vai performar sempre muito melhor do que receber algo pronto e já determinado pela marca.
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