Com a pandemia de Covid-19, as discussões sobre ciência ganharam uma proporção poucas vezes vista. E, se o número de vozes – sobretudo nas redes sociais – aumenta, também cresce a necessidade de filtrar esse conteúdo. Mas como decidir o que é mais relevante? Esta é a pergunta que o Science Pulse, agregador de posts no Twitter e no Facebook, busca responder.
“É uma ferramenta gratuita de social listening, que ajuda a descobrir o que está sendo falado de interessante na área de ciência”, explica o jornalista idealizador do projeto Sérgio Spagnuolo. “O algoritmo faz uma curadoria bem ampla, com cerca de 1.600 perfis.”
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Os perfis podem ser incluídos na plataforma de três formas: via sugestão por formulário aberto ao público, a partir de perfis verificados e suas conexões e comportamentos na rede (“snowball effect” ou “efeito bola de neve”) ou listas elaboradas por instituições e autoridades no assunto.
Essa conversa nas redes, então, chega aos usuários por meio do acompanhamento de uma espécie de painel no site, de uma newsletter diária ou de um perfil automatizado do Twitter, que compartilha os três tuítes de destaque em português e inglês duas vezes por dia.
De setembro a dezembro de 2020, mais de 4.400 usuários únicos se valeram do Science Pulse. “A maior parte, 75%, usa para saber se estão atualizados sobre o que os cientistas estão discutindo e também para buscar pautas e fontes”, explica a gerente de comunidade e audiência do Science Pulse e Volt
Data Lab, Jade Drummond. “Às vezes eles usam para encontrar a fonte primária, que iniciou determinada discussão lá fora, por exemplo.”
A iniciativa é gratuita para os usuários e tem o patrocínio do International Center for Journalists (ICFJ), cuja missão principal é apoiar jornalistas e projetos jornalísticos ao redor do mundo.