É na Copa do Mundo onde entram em jogo os melhores de cada país, onde todos estão atentos aos melhores passes, às melhores performances, aos melhores gols. E é onde são titulados os melhores do mundo no futebol. Faço também uma analogia ao Salão Internacional do Automóvel. É neste grande evento onde as maiores tendências automotivas aparecem, inspiram, criam expectativa aos apaixonados, servem como exemplo e levam a tantas marcas, muito aprendizado. E quão importante são esses eventos para cada um dos setores? São eventos que mobilizam, estimulam e fazem crescer cada vez mais esses dois grandes mercados. Com a publicidade não é diferente.
Ao longo do ano, o mercado esbarra em diversos prêmios que, assim como a Copa do Mundo e o Salão do Automóvel são decisivos, importantes e ajudam no desenvolvimento do mercado publicitário. E de que maneira? Os trabalhos mais interessantes, criativos e disruptivos do mundo estão expostos e sendo analisados para entrarem em uma simples equação: a divisão entre os bons e os excelentes. E qual marca, agência e profissional não gostaria de fazer parte de um trabalho excelente, reconhecido, inspirador e que gere resultados?
Para as agências, que tem em seu DNA a criatividade, medir o seu potencial criativo é decisório. É o reconhecimento de um trabalho bem feito e uma grande vitrine para o mundo e para os maiores anunciantes, consequentemente. Ganhe um Grand Prix em Cannes ou o prêmio de Agência do Ano e, além de ser prestigiado pelo mercado, as consequências são bem maiores. O mercado se move e se engrandece a ponto de sacudir o $$$ das grandes holdings e líderes.
Já para os profissionais de publicidade – principalmente aos criativos – ter um prêmio como Leão de Cannes em sua prateleira é sinônimo de grandes propostas batendo na porta. Claro que existe uma via de mão dupla. Pois viver para prêmios e esquecer o negócio do seu cliente pode ser um caminho sem volta ou se sentir confortável após o seu primeiro prêmio, tirando o pé do freio (principalmente quando se é jovem), pode estragar uma carreira. Mas essa é outra história.
Os festivais de publicidade trazem muito mais do que troféus. Eles trazem aprendizado, tendências, network e muita inspiração. Cannes Lions, por exemplo, viverá em sua 65ª edição, cinco dias intensos, preenchidos por muita inovação, criatividade, tecnologia e excelentes práticas de marketing e comunicação apresentadas por grandes nomes como: David Droga, Creative Chairman da Droga5; Angela Ahrendts, vice-presidente sênior de varejo da Apple, Susan Wojcicki, CEO do Youtube, Bozoma Saint John, Chief Brand Officer do Uber e Kevin Reilly, Chief Creative Officer da Turner Entertainment.
Ouvir uma palestra de uma hora ou 40 minutos é estimulante e enriquecedor para você como pessoa, como profissional, para a sua equipe quando compartilhada, para o seu cliente. Viver Cannes é uma experiência completa. Você entra no Palais, corre de uma palestra para a outra, – encara algumas filas – e se alimenta com histórias, com conselhos, com erros e acertos de grandes nomes do mercado que você nunca iria esbarrar na vida. E, claro, levar o tão desejado Leão pra casa como recompensa de um trabalho “well done” é como conseguir andar de bicicleta sem as rodinhas de apoio pela primeira vez. Você se sente capaz, maduro e pronto para iniciar as “manobras” mais arriscadas. Afinal, o sarrafo subiu e, quando isso acontece, espera-se sempre mais.
A importância desses eventos é evidente e não há o que discutir. Claro, os anos vão passando e agências e os próprios festivais vão e devem se reinventar. Mas existe uma coisa que o mercado publicitário sempre terá certeza e nunca será diferente: no final do dia, o que vale mesmo é a satisfação do cliente e a efetividade das ações em seus negócios. E quando é possível unir tal satisfação com a conquista de Prêmios, aí sim nos deparamos com uma realidade perfeita e almejada por todos.
