Na última edição da revista Negócios da Comunicação, foi realizado um levantamento com as principais agências de PR do Brasil para entender quais foram os desafios enfrentados em 2016 e quais as oportunidades do mercado para o novo ano. Nessa pesquisa, percebeu-se que os executivos estão esperançosos para 2017 e, mesmo com um ano conturbado, a maioria das agências teve um bom crescimento.
Esse cenário de boas perspectivas também pode ser visto no Monitor de Mercado 2016 da Abracom. A associação promoveu uma pesquisa com agências de comunicação corporativa para avaliar como foi o desempenho do setor e saber quais são as expectativas dos empresários para 2017. O Monitor ouviu 61 empresas de 11 Estados a respeito do ambiente de negócios na comunicação corporativa.
E o resultado do mercado em 2016 mostra que 35,5% das agências consultadas apontam aumento de faturamento, contra iguais 35,5% de empresas com queda na receita. 29% afirmaram que vão concluir o ano sem crescimento, mas também sem perdas. Esses números mostram que, apesar da crise, o mercado manteve certo equilíbrio.
Outros dados importantes coletados foram que em 46,8% das empresas, o quadro de funcionários permaneceu estável, 29% vão terminar o ano com mais profissionais em seu estafe. E 24,2% fizeram demissões em 2016, mostrando que, de um modo geral, a empregabilidade do setor ainda não foi duramente afetada pela crise.
Otimistas quanto ao futuro do setor, 56,5% das empresas ouvidas acreditam que aumentarão o volume de negócios em 2017 e 35,5% responderam que permanecerão estáveis, enquanto apenas 8,1% disseram que vão diminuir o volume dos negócios no próximo ano.
Comparado a outros anos, o mercado de comunicação corporativa está esperançoso, porém mais cauteloso quanto às perspectivas de crescimento. Até porque, 52% dos participantes da pesquisa acreditam que a economia brasileira, de um modo geral, ficará apenas estável em 2017, contra 26% que acreditam em crescimento e 15% que julgam que haverá retração, aprofundando a crise.
E a Abracom ainda perguntou sobre os serviços que as agências julgam mais promissores no ano que vem. 28% apontam relações com a mídia como serviço de alta demanda. Mas são os serviços de comunicação digital, com 70%, produção de conteúdo, com 52%, e prevenção e gerenciamento de crises, com 20% aqueles em que os empresários mais apostam suas fichas.