
Desde os primórdios da sociedade, a comunicação entre as pessoas e os povos ajudou no desenvolvimento humano. E continua até hoje com toda a tecnologia disponível. E a imprensa é a grande impulsionadora desse crescimento, afetando e sendo afetada pela infraestrutura tecnológica Num país de dimensões continentais como o Brasil, o contato entre localidades distantes fez toda a diferença para a unidade nacional. Um dos nomes conhecido por esse esforço foi o Marechal Rondon, e sua saga pelas regiões mais remotas em busca de contato com povos originários. Por isso o Dia Nacional das Comunicações foi criado em 1971, lembrando a data do nascimento de Rondon (5 de maio de 1865). Também conhecido como patrono das comunicações no Brasil.
Enquanto ele se embrenhava pelas matas e pradarias brasileiras, era levada fiações e postes de telégrafo, o principal meio de comunicação entre grandes distâncias na época. O telégrafo, criado em 1852 por Samuel Morse, não era apenas um meio de comunicação, e sim, também, um transmissor de informações, notícias e cultura. Rondon foi o responsável pela integração da região Sudeste ao Centro-Oeste e Norte brasileiros. De 1900 a 1906, Rondon ficou encarregado de instalar a linha telegráfica do Brasil para a Bolívia e o Peru.

Em 1907 Rondon, engenheiro militar e sertanista, liderou a construção de linhas telegráficas do Mato Grosso ao Amazonas. Pelo caminho, foi descobrindo paisagens inéditas e diversos povos indígenas, que ajudou a proteger. Criou assim o Serviço de Proteção ao Índio – SPI em 1910, instituição que se transformou em FUNAI em 1967, e tinha o lema “morrer se for preciso, matar nunca”. Também foi o responsável pela organização do Parque do Xingu, em 1961, junto com os irmãos Villas-Bôas, cuja iniciativa teve forte oposição de fazendeiros locais e do governo federal.
O título de marechal veio em 1955 quando ele completou 90 anos. Reconhecido como Marechal Honorário do Exército Brasileiro, título dado pelo Congresso. Em 1963, foi homenageado com a designação de “Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro. Em 1957, Rondon foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pelo Explorers Club de Nova Iorque. Faleceu no dia 19 de janeiro de 1958, aos 92 anos de idade.