O Dia do Jornalista (7/4) deste ano tem um sabor especial neste momento de vitória da democracia contra as forças nada ocultas que trabalham periodicamente para que o país volte à Idade Média e a um regime de exceção. As instituições tem funcionado e hoje diversos detratores e depredadores da democracia estão presos ou sendo processados. Nessa luta pela verdadeira liberdade, destaca-se o trabalho dos jornalistas em suas trincheiras nas diversas redações. Não é uma batalha fácil, apesar de necessária, pois os profissionais de imprensa continuam sendo agredidos, perseguidos, ofendidos, sofrendo assédio moral e ameaçados fisicamente ou nas redes sociais. E combatendo as fake news e a desinformação que não param e surfam à margem da lei nos ambientes virtuais.
A data foi instituída pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em 1931, em homenagem ao médico e jornalista italiano radicado no Brasil Giovanni Battista Líbero Badaró, assassinado por inimigos políticos em 1830. É creditado à Badaró a queda de D. Pedro I e seu absolutismo antidemocrático. Esse crime abalou a política da época, e acendeu o movimento pela liberdade de expressão, algo massacrado por nosso antigo imperador.
Além de nome de rua no Centro da Cidade, Líbero Badaró também é o título de um consagrado prêmio de jornalismo da ABI que visa estimular o desenvolvimento da imprensa brasileira, distribuindo R$ 72 mil aos melhores trabalhos jornalísticos do país.
A data de hoje também é a da fundação da ABI (1808).
Além do Dia do Jornalista, outra data correlata é o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, em 7 de junho, outra efeméride que devemos comemorar nesses tempos de obscurantismo, digamos informacional. Nesse dia, em 1977, aproximadamente 3 mil jornalistas em todo o país assinaram um manifesto exigindo o fim da censura imposta pelo governo militar.
