Neste dia 20 de março o mundo todo comemora o Dia Internacional da Felicidade, ou o International Day of Happiness, tema que permeia hoje politicas corporativas e também foi criado um novo indicado econômico, instituído inicialmente no Butão. O dia surgiu, após o economista Jayme Illien ter promovido uma campanha entre 2006 e 2012 junto das Nações Unidas (ONU), que visava promover a primazia da felicidade, do bem-estar e da democracia que culminou na proposta do Dia Internacional da Felicidade à Assembleia Geral das Nações Unidas em 2011. Promove a erradicação da pobreza e desigualdade como fator que contribuiu com o aumento da felicidade e fazem parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O “pontapé inicial” da iniciativa foi do Butão, um pequeno país asiático, que se orgulha de possuir uma das populações “mais felizes do mundo”. Com aprovação total dos 193 países-membros, a proposta de Butão foi aceita e o Dia Internacional da Felicidade passou a incorporar o calendário oficial da ONU em 20 de março. O Butão também influenciou a criação, em 1972, do indicador Felicidade Interna Bruta (FIB) que é uma medida do bem-estar social de uma população, como uma alternativa ao Produto Interno Bruto (PIB). Hoje é utilizado por diversos países, inclusive o Brasil, que irá adotar o indicador a partir deste ano (2025). O Brasil perdeu posições no ranking global de FIB, alcançando o 38º lugar entre 146 nações de acordo com o Relatório Mundial da Felicidade 2022. Foi o 7º ano consecutivo de queda no desempenho de um país que já esteve em 16º lugar – a atual posição dos Estados Unidos. Mas recuperou terreno agora, de acordo com a ONU, em 2024: o Brasil apareceu no 36º lugar, 8 posições acima do último ranking. O país ficou atrás de nações como Uruguai, EUA e França, mas à frente de Espanha, Itália e Argentina. O primeiríssimo lugar, há anos, é da Finlândia.
Outros dados, mais recentes, tem uma perspectivas diversas. Como a ascensão do Brasil no World Happiness Report, que subiu da 49.ª para a 44.ª posição no ranking mundial, reforçando a crença dos brasileiros de que a felicidade está diretamente conectada ao sucesso empresarial, à produtividade e à transformação do ambiente de trabalho, segundo esse estudo. Na verdade existe uma divergência entre indicadores, uns puxando para interesses de produtividade empresarial, outros levando em conta a vida na dimensão mais humana, dos prazeres, descanso, lazer, qualidade de vida, saúde e relacionamentos, por exemplo.
Segundo as Nações Unidas, o fim da pobreza e desigualdade e a proteção do planeta são elementos essenciais para a felicidade humana. Os três aspectos fazem parte dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, que devem ser alcançados até 2030. Na data, a ONU convida todas as pessoas de qualquer idade, além de todas as salas de aula, empresas e governos a se juntarem a esta celebração.
Felicidade corporativa
Segundo Rodrigo de Aquino, executivo nas áreas de Felicidade, Bem-estar Organizacional e Psicologia Positiva, o tema tem os seguintes impactos nas organizações: Produtividade com propósito: a felicidade no trabalho impulsiona resultados e retém talentos; Segredo das empresas desejadas: o papel da cultura organizacional na felicidade dos colaboradores; e Felicidade que gera lucro: como o bem-estar pode ser uma estratégia poderosa de negócios.
O dia chama atenção para o impacto da pressão social e organizacional, que tem levado ao aumento de transtornos como ansiedade, depressão e burnout. Esses problemas são responsáveis por uma perda global de US$ 1 trilhão por ano em produtividade, segundo a OMS. A felicidade no trabalho está ligada a fatores como resiliência emocional, relacionamentos saudáveis e sentido de propósito, sendo essencial para a saúde mental e o desempenho dos colaboradores.
Segundo o estudo “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”, realizado pela The School of Life, 71,82% dos liderados e 78,05% dos líderes estão felizes no atual trabalho. Em contrapartida, mais de 20% dos líderes e liderados se encontram em situação oposta. Visando melhorar o ambiente de trabalho das empresas, Cleide Cavalcante, gerente de Comunicação da Progic, empesa líder no Brasil em TV Corporativa é enfática: “Eu sempre acreditei que a felicidade no trabalho é um dos pilares fundamentais para o sucesso de qualquer organização. A comunicação eficaz desempenha um papel fundamental nesse contexto, promovendo não apenas a eficiência, mas também o bem-estar dos colaboradores. Ao longo dos anos, tenho observado uma mudança significativa nas expectativas das novas gerações em relação ao ambiente de trabalho. Diferentemente das décadas passadas, nas quais a estabilidade financeira e a segurança no emprego eram os principais motivadores, hoje, aspectos como felicidade e bem-estar ocupam o centro das atenções”
Sérgio Amad, CEO da Fiter, empresa especializada em desempenho e felicidade no trabalho, faz um recorte importante no debate e enfatiza que a síndrome de Burnout, um problema que se tornou tema da saúde ocupacional, tem algumas ramificações. Quando se fala em Burnout Digital, por exemplo, o foco é o estresse crônico diante de telas, seja do computador, do celular, configurando um desafio extra para os gestores. Já entre os que apresentam níveis altos de bem-estar, ele destaca: “Não dá para ser feliz o tempo todo, mas as pessoas conseguem ter consistência e, dessas, 8 em cada 10 conseguem ter alta performance”, explica o CEO da Fiter.
5º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa
O Cecom – Centro de Estudos da Comunicação e as Plataformas Negócios da Comunicação e Melhor RH promovem o 5º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa dias 4 e 5 de agosto de 2025, no formato online. Diversos painéis, com especialistas de diversas empresas, discutirão cases de sucesso, melhores práticas e o estágio da Felicidade Corporativa hoje nas organizações, além das perspectivas futuras. Aguardem mais informações e o link para inscrições gratuitas.
