Lifelong Learning define cultura intergeracional na empresa

É preciso criar espaços e processos que permitam o aprendizado contínuo, enfatizou executivo, em painel do 3° Fórum Melhor RH Diversidade e Inclusão

No 3° Fórum Melhor RH Diversidade e Inclusão, que se iniciou hoje, às 14h, e terá dois dias de duração, a intergeracionalidade nas organizações foi tema de discussão. O evento é promovido pelas Plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação e pelo Centro de Estudos da Comunicação – CECOM, de forma on-line e gratuita.

No momento “Como pertencer às novas gerações? – Lifelong Learning para colaboradores  50+”, líderes de RH, comunicação e especialistas debateram estratégias para a convivência produtiva e harmônica entre gerações nas empresas, observando como tendência o envelhecimento da população economicamente ativa e uma cultura organizacional de aprendizado contínuo.

“Mais do que pertencer a uma geração diferente, precisamos nos integrar com as gerações diferentes da nossa, seja eu mais velho ou mais jovem”, provocou Elisabete Rello, diretora de Gente e Gestão na Íntegra Associados.

Em sentido horário, a partir do topo, Elisabete Rello, da Íntegra Associados, Fabiano Rangel, Executivo e Consultor, Adiana Venâncio (na interpretação em Libras) e Angélica Consiglio, da Planin

A executiva lembrou que, hoje, 25% da população brasileira tem mais de 50 anos e estão ativas, e apenas 10% das pessoas nessa faixa etária estão no mercado de trabalho, sendo necessária uma entrada maior desse público nas empresas. E observou que o lifelong learning é tendência para qualquer profissional.

“Aprendizado contínuo é básico para 50+ e qualquer outra geração”, destacou Elizabete e lembrou da troca e do conhecimento envolvido nas relações de trabalho intergeracionais. Desse envolvimento com múltiplas perspectivas (não somente geracionais, mas de diferentes gêneros e marcadores sociais), são produzidas soluções mais criativas e eficientes para questões do cotidiano empresarial, enfatizou a diretora de gente e gestão.

Comunicação e pluralidade

“A sociedade é plural, preciso de fato criar espaço onde as pessoas plurais estejam reconhecidas em seu valor”, comentou Fabiano Rangel,  executivo e consultor em Desenvolvimento Organizacional, ESG e Relações Institucionais, sobre a necessidade de manter representados os diversos públicos nas empresas.

O diferencial do acolhimento estaria, para o executivo, na “capacidade de se aproximar de diferentes públicos de forma integrada”, ainda que uma linguagem universal para integrá-los seja impossível.

Rangel destacou a necessidade de evitar generalizações sobre a capacidade de integração ou aprendizado dos diferentes públicos e gerações e que, para favorecer a harmonia e criar a cultura de lifelong learning, a empresa precisa reconhecer que as pessoas precisam estar continuamente em desenvolvimento.

“É necessário criar espaço e processos que possibilitem que as pessoas sigam se desenvolvendo”, destacou o executivo. Nesse ponto ele reconhece, mais uma vez que a linguagem universal não será possível nos programas de desenvolvimento, mas, sim  “ajustes de linguagem, traduções, tutoriais”. “Aprender fazendo gera maior apropriação do conteúdo”, observou Rangel.

Ainda sobre a comunicação, Angélica Consiglio – CEO da Planin, alertou sobre a ênfase que se dá, ora a uma linguagem geral, massiva, que talvez não atinja todos os públicos, ora a uma comunicação excessivamente dirigida a um deles, o que pede um maior equilíbrio, para não reforçar estereótipos. Até mesmo a divulgação de oportunidades para o público 50+ incorreria nesse erro, colocando a empresa em lugar errado, de benfeitora por abrir vagas sêniores, quando deveria naturalizar a diversidade e a inclusão.

Com relação a essas mensagens e conteúdos, Angélica lembra o cuidado necessário: “Curadoria é o olhar para o outro”, pontuou a executiva.

Por toda a gestão

Elisabete destacou que a responsabilidade sobre programas de D&I não deve ser do RH. “Deve ser da gestão, com um RH facilitador”, entende a executiva. Segundo ela “a conexão dos valores, cultura e missão com a gestão, e ajuda do RH, torna perene um programa de D&I”.

No mais, entende a necessidade de sensibilização, conscientização e letramento de toda a organização: “É preciso investir em conhecimento e aprendizado”, enfatizou Elizabete.

No campo individual, ela recomenda “aprender, desaprender e reaprender sempre”.  “Isso permite que qualquer geração se mantenha ativa e conectada”, aconselhou a diretora de Gente e Gestão.

Ao que Rangel acrescentou: “Quanto mais disponível a gente se reconhece, entendendo que a gente não sabe tudo, melhor”.

Reportagem: Melhor RH


O 3° Fórum Melhor RH Diversidade pode ser visto no Youtube, no Facebook e no Linkedin (parcialmente, devido a limitações desta rede social).
Para emissão de certificados, assista após a inscrição pelo Sympla.


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