Dia do Leitor, 7 de janeiro, um convite para obras de comunicação

A data é informal no calendário comemorativo brasileiro, e aproveitamos para indicar alguns livros no universo do jornalismo e da comunicação lançados em 2022

Dia do Leitor foi criado informalmente — não existe no calendário oficial brasileiro — em 1984,  uma homenagem à fundação do jornal “O Povo”, de Fortaleza (CE), criado em 7 de janeiro de 1928, pelo poeta e jornalista Demócrito Rocha. Ele era jornalista e político, e em 1920 também fundou o suplemento literário Maracá, considerado o principal divulgador do movimento modernista literário cearense.

Enquanto o jornal O Povo era conhecido por combater a corrupção e noticiar fatos políticos da época, o Maracajá abrigava a produção dos poetas e intelectuais cearenses, como Rachel de Queiroz e  Antônio Filgueiras Lima.

Demócrito Rocha foi membro da Academia Cearense de Letras e morreu em Fortaleza no dia 29 de novembro de 1943.

A literatura ainda é celebrada no Brasil em outras datas ao longo do ano, como o Dia da Literatura Brasileira, comemorada anualmente em 1 de maio; e o Dia Nacional do Livro, em 29 de outubro.

Para comemorar esta data selecionamos aqui alguns livros de interesse do público de comunicação lançado ano passado:

A superindústria do imaginário – Como o capital transformou o olhar em trabalho e se apropriou de tudo que é visível (Finalista Jabuti 2022), de Eugênio Bucci

Editora Autêntica. Este livro pretende explicar a mudança no curso a partir da qual a comunicação desenvolveu sua capacidade particular de fabricar valor em escala superindustrial e passou a dominar nada menos que o centro do capitalismo. Para isso, Eugênio Bucci se vale de um repertório vasto, que vai da sociologia jurídica à linguística, da física à filosofia, da psicanálise à economia política, se inscrevendo, também, no campo dos estudos da comunicação. Eugênio Bucci, nascido em Orlândia (SP), em 1958, é professor titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Escreveu, entre outros livros, A forma bruta dos protestos, O Estado de Narciso e Sobre Ética e imprensa (publicados pela Companhia das Letras). Recebeu o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa em 2013, pela Revista ESPM de Jornalismo (edição brasileira da Columbia Journalism Review). Foi Secretário Editorial da Editora Abril, presidente da Radiobras (entre 2002 e 2007, no primeiro governo Lula) e editor da revista Teoria & Debate.

Reputação e Valor Compartilhado – Conversas com CEOs das empresas líderes em ESG, de Elisa Prado e Tatiana Maia Lins

Aberje Editorial. A partir de análises e entrevistas, o livro Reputação e Valor Compartilhado: Conversas com CEOs Empresas Líderes em ESG traz exemplos de como Luiza Helena Trajano, Presidente do Conselho de Administração do Magalu, e seus colegas CEOS de 12 empresas líderes em ESG no Brasil abordam a importância da geração de valor compartilhado e a reputação como ativo intangível estratégico. Elisa Prado, profissional de comunicação com mais de 30 anos de experiência, é diretora de comunicação Corporativa da Vivo, membro do Conselho Deliberativo da Abere e professora da ESPM; Tatiana Maia Lins é consultora de Reputação Corporativa, professora, palestrante e mentora de lideranças C-Levell e Board Members. É professora na ESPM

A pauta é uma arma de combate: subjetividade, prática reflexiva e posicionamento para superar um jornalismo que desumaniza, de Fabiana Moraes

Arquipélago Editorial. Aliando sensibilidade, análise e engajamento, a premiada jornalista Fabiana Moraes articula críticas, propostas e reflexões sobre as relações discursivas do jornalismo com grupos sociais historicamente oprimidos. Reconhecendo o campo jornalístico como partícipe de narrativas que transformam diferenças em desigualdades, Fabiana investiga caminhos de ruptura com os modos colonizados pelos quais o jornalismo atua desde o século 19; e defende o jornalismo de subjetividade, propondo uma prática reflexiva que possibilite melhores encontros com as alteridades e que jogue luz sobre violências naturalizadas como o racismo, a misoginia e as muitas formas de outrofobia. Fabiana Moraes, colunista no site Intercept, é professora do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco. É jornalista com mestrado em Comunicação e doutorado em Sociologia, ambos pela UFPE.

Astros em Trânsito, de Gabriel Priolli

Editora Terra Redonda. O jornalista, crítico e diretor de TV, que teve passagem pela TV Gazeta e é colaborador da Revista Imprensa, reuniu textos escritos por ele na imprensa ao longo de quase três décadas e reinterpretados. Gabriel Priolli aborda 35 personalidades da TV brasileira, como  Silvio Santos, Hebe Camargo, Fausto Silva, Ana Maria Braga, Gugu Liberato, Chacrinha, Rolando Boldrin, Serginho Groisman, Jô Soares, Dercy Gonçalves, Chico Anysio,  Henfil, Cid Moreira, Marília Gabriela, Bóris Casoy e Paulo Henrique Amorim, entre outros.

 

 

O Papel do Jornalismo sem Papel, de Carlos Monforte

Editora Matrix. Como será o papel do Jornalismo sem papel, aberto, virtual, sem lenço nem documento? O mar de informações em que ele navega já é imenso. Essa espécie de comunicação compartilhada que a internet proporciona é a grande questão que se coloca entre todos os comunicadores. Mas não apenas entre eles. Os proprietários dos meios de comunicação tradicionais estão mergulhando fundo na velocidade das novas plataformas porque não querem perder o trem da história, nem suas gigantescas empresas, muito menos seus lucros. O perigo: a guerra de versões, de opiniões, de mentiras. Vence quem tiver credibilidade, perde quem tiver rabo preso e perna curta. Monforte foi um dos primeiros âncoras do telejornalismo brasileiro. começou a trabalhar como repórter no jornal A Tribuna, no qual ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo Regional. Foi assessor de comunicação da Secretaria de Obras do Estado de São Paulo. Trabalhou como redator e repórter especial de O Estado de S. Paulo entre 1973 e 1978. Ainda em 1978 inicia sua carreira na Televisão como repórter da Rede Globo. Na emissora, foi editor-chefe e apresentador do Bom Dia Brasil na década de 1980.

Jornalismo de Soluções, de Antonio Simões

Editora Appris. O número de brasileiros que evitam notícias vem aumentando. Conforme o Digital News Report 2022 , Relatório do Reuters Institute, 54% dos entrevistados afirmaram que muitas vezes, ou às vezes, deixam de acompanhar notícias. Em 2019, a evasão de notícias era de 34%. A causa: “fadiga de más notícias”. Porém, há como reverter essa situação. Um dos principais caminhos para vencer a crise vivenciada pelo jornalismo é apresentado detalhadamente no livro. Antonio Simões argumenta que as narrativas jornalísticas devem ir além da denúncia e descrição de problemas e precisam contar como os desafios em áreas estratégicas, como saúde, meio ambiente, educação, mobilidade, por exemplo, estão sendo superados. Antonio Simões é doutor em Ciências Sociais, mestre em Comunicação, jornalista e professor do curso de Jornalismo da UEPB. Como repórter no jornal Diário do Nordeste, em Fortaleza, conquistou prêmios de âmbito local, regional e nacional.

Jornalismo Comunitário, de Alessandra Gonsalez

O papel do jornalista é tornar público o que é de interesse da população – de toda ela, não apenas de um recorte da sociedade que consome produtos jornalísticos da mídia tradicional. Assim, o jornalismo comunitário chega a espaços que carecem de boa cobertura e engloba diversas vertentes: jornalismo cidadão, educomunicação, veículos independentes, ONGs e projetos que privilegiam a transformação social por meio da comunicação. Ao se envolver com projetos de comunicação comunitária, o jornalista pode tanto ficar na linha de frente das produções de conteúdo quanto atuar como educomunicador, ensinando técnicas jornalísticas aos membros de uma comunidade.  Alexandra Gonsalez, jornalista, doutora em Comunicação Social e professora de Jornalismo em disciplinas práticas de produção e edição de textos, jornalismo digital e transmidiático. Foi repórter e editora em várias revistas das editoras Abril e Globo, nas áreas de turismo, cultura, sustentabilidade e economia.

Ouvi Dizer”: Comunicação Integrada como Antídoto para Boatos Organizacionais, de Isabela Duarte Pimentel

Appris Editora. “Ouvi dizer”. Quantas vezes essa expressão é usada para se referir aos boatos organizacionais? Conteúdo que se relaciona a eventos do cotidiano, o boato pode ser aumentado e transmitido de pessoa para pessoa sem que existam dados concretos capazes de testemunhar sua exatidão. Por isso, autores como Knapp, Allport e Postman, Peterson e Gist, Fonseca, Kapferer, Ramon-Cortés, Difonzo, Sunstein, Chapman e Kahneman produziram, ao longo dos últimos anos, diversos estudos e obras de referência sobre esse tema. Quando uma empresa não investe na chamada comunicação com funcionários, ela se torna vulnerável às cadeias de contágio de boatos ou rumores, que se originam como pequenos ruídos, crescem, multiplicam-se e se espalham por toda a empresa.  Dentre os fatores que contribuem para sua rápida transmissão, estão: o medo de demissões, a falta de informações assertivas diante de dúvidas e conflitos, e o desinteresse da liderança em ouvir reivindicações dos times, o que também é potencializado pela perda de confiança, surgimento de um clima de insegurança e fortalecimento das chamadas redes de comunicação informais. Isabela é mestre em Criação e Produção de Conteúdos Digitais pelo Programa de Pós – Graduação em Linguagens e Tecnologias da Comunicação (PPGLTCOM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em Comunicação Organizacional Integrada pela ESPM e bacharel em Jornalismo e História pela UFRJ e Unirio, respectivamente. Também atua como consultora e palestrante.

Metaverso: Onde você vai viver e trabalhar em breve, de Water Longo e Flávio Tavares

Alta Books. O Metaverso gera expectativas de revoluções profundas tanto no âmbito da tecnologia quanto nos padrões de vivência e relacionamentos humanos. E é preciso estar a par das mudanças. Este é o momento de aprender, de uma vez por todas, tudo o que envolve a nova realidade digital que pode mudar para sempre a forma como vivemos, estudamos, trabalhamos e nos relacionamos. O melhor conselho deste livro para a pergunta “onde você se vê em dez anos?” seria “considere o Metaverso em sua resposta.” Embora existam muitas perspectivas sobre o que o Metaverso será no futuro, ele já é uma realidade para muitos usuários, investidores e empresas que aproveitam muito bem suas possibilidades. Walter Longo – Especialista em Inovação e Transformação Digital. Publicitário e Administrador de Empresas, com pós-graduação na Universidade da Califórnia, Longo é empreendedor digital, palestrante internacional e sócio-diretor da Unimark Comunicação. Foi presidente do Grupo Abril.

Conteúdo RelacionadoArtigos

Próximo Artigo

Portal da Comunicação

FAÇA LOGIN ABAIXO

Recupere sua Senha

Por favor, insira seu usuário ou email