Plataformas como o Facebook e o Google podem desempenhar papel fundamental no apoio ao jornalismo profissional, o que, de alguma forma, colaboraria para neutralizar discursos falsos que circulam pelas redes. E o interesse das plataformas em apoiar o trabalho das redações seguirá em 2021, de acordo com Maíra Carvalho, líder de Parcerias de Notícias no Facebook para o Brasil, e Marco Tulio Pires, diretor do Google News Lab.
Eles participaram do painel Labs & trends: As iniciativas do Google e do Facebook em apoio ao jornalismo, durante o 3º Fórum de Jornalismo Regional e Comunitário, promovido pela plataforma Negócios da Comunicação, nos dias 1,2 e 3 de dezembro e 2020. A conversa foi mediada por Carlos Aros, jornalista especializado em tecnologia da Jovem Pan.
Jornalismo em pauta
“O jornalismo se mostrou ainda muito mais fundamental, junto com a transformação que passou por 2020”, comenta Maíra. “E a gente encontrou maneiras de fazer com que essa vocação pudesse ter espaço, continuando com o apoio às redações na construção de suas comunidade de notícias.”
O Facebook já vinha apoiando a transição digital para os veículos, mas este processo teve de ser acelerado em 2020 por conta da pandemia de Covid-19.
“A gente aprendeu que o engajamento digital nos permite chegar ainda mais longe”, diz. “A gente teve um programa de apoio financeiro a veículos a 44 redações na América Latina no período mais agudo da Covid-19. E também realizamos treinamentos que estão disponíveis para outros jornalistas e redações de forma assíncrona.”
Pulverização dos veículos
Carlos Aros lembrou que o fenômeno da pulverização do jornalismo – agora não mais restrito a algumas empresas – faz parte da realidade com cada vez mais força. Marco Tulio Pires concorda. “O isolamento social forçado fez com que as pessoas aumentassem a busca por conteúdo”, diz. E hoje o grau de dificuldade pra você lançar uma publicação é muito menor.”
Além disso, as plataformas estão habilitando essas mudanças por meio de ferramentas e treinamentos, para levar jornalismo ao desertos de notícia, com inovação, com pensamento de produto, com diversidade.
“O jornalismo brilhou em 2020 e o colocou numa posição de ser testado”, lembra Marco Tulio. “É pensar na força que o jornalismo tem numa democracia como o Brasil e que, por conta disso, vale a pena investir em jornalismo.”
Mas qual o segredo? “É uma cultura de testar e aprender”, propõe Maíra. “A pandemia ofereceu a todos nós essa possibilidade. Testar, falhar e aprender rápido. E isso dá a tônica dessas transformações.”
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