Qual foi o impacto da pandemia na produção de conteúdo de grandes marcas e influenciadores? Esse foi o debate do painel “Pandemia: era uma vez conteúdo”, que abriu o 7º Fórum Marketing de Influência. Angélica Consiglio, CEO da Planin, foi moderadora da conversa que buscou uma reflexão sobre as novas práticas diante das mudanças sociais, que refletem dentro e fora do ambiente online.
O desafio de continuar engajando os seguidores levou a Volkswagen, uma das maiores montadoras do mundo, a repensar a maneira de conversar com o público, apresentar seus lançamentos e inclusive ajudou a ressignificar a função dos carros.
Adaptação da estrutura
Helena Bonesio, supervisora executiva de Marketing Digital da Volkswagen, contou quais foram as mudanças feitas pela marca para se adequar ao momento. “Temos uma cultura de produções grandes, então esse foi o primeiro impacto. Tivemos um trabalho de entender e adaptar a nossa estrutura respeitando essa questão”, afirmou.
Um dos principais lançamentos do ano, o modelo Nivus, foi afetado pela pandemia e exigiu da equipe um esforço inédito. “Fizemos a campanha com o Caio Castro. Ele em um estúdio, o carro no outro, nós em casa acompanhando. Quando acontecia um erro ou precisava regravar, passava por todo esse processo. Foi um desafio. Nossa logística foi impactada, mas estamos conseguindo superar sem perder a qualidade”.
Evitar o negaciosnimo
Gilsimara Caresia, criadora do Mochileiros.com e jornalista, também sentiu o efeito da pandemia em seus negócios na internet. Como influenciadora de viagem e turismo, viu todo o seu ramo ser paralizado com a quarentena e a obrigatoriedade do isolamento social. “Houve uma desconstrução muito grande e precisamos parar de produzir aquele conteúdo, mas mantivemos as ferramentas. Queríamos evitar um clima de negacionismo e precisávamos ser responsáveis”, lembra.
Para ela, o resultado foi negativo: 90% de queda na audiência dos conteúdos de viagem, mas um ponto curioso. “Os grupos no Facebook cresceram, porque havia um debate rolando ali dentro”, conta ela, reforçando que poderia ter apelado para manter os números em alta, mas optou por outro caminho. “Não poderia incentivar um comportamento não-saudável para meus seguidores. Os canais todos agiram muito rápido e tivemos muita responsabilidade, poderíamos ter produzido um conteúdo sensacionalista, mas não seria certo. Agora temos uma retomada lenta”.
Encontrando outras maneiras
Ela afirma que aproveitou o tempo para descobrir novas oportunidades. “A gente refez o site, colocou no ar novas ferramentas. Foi um momento de descoberta”.
Para Helena, o pensamento foi o mesmo na Volkswagen: descobrir que existem outras maneiras de produzir. “Renovamos nossa forma de contato com o consumidor. Pode ser que leve um tempo para voltarmos ao patamar comercial de 2019, mas em termos de interação com a marca, tende a melhorar”, garante, apontando um fato curioso.
Conteúdo e segurança
“O carro passou a ser visto como uma extensão segura, fora da casa. Ele passa a segurança que as pessoas querem no momento. E nós queremos levar mais conteúdo sobre isso, e como nossos veículos podem garantir ainda mais essa segurança neste e em outros momentos, para que as pessoas se informem com a gente”.
Ainda sem previsão de retomar os eventos como antes, Helena acredita que muito do que foi aprendido nesse momento ficará no pós-pandemia, mas sem exclusão de uma forma de evento por outra. Gilsimara concorda. “Quem ama viagem, quer viajar. Você pode dar conteúdo sobre viagem em casa, fazer um vídeo incrível, mas ainda assim, é um paliativo. Nada substitui a experiência”.
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