“Somos influenciadores, não vendedores”

Andressa Ganacin, do canal “Dicas da Dedessa”, e Carlos Cereijo do canal “Tô na Pista” falam das dificuldades da cocriação com marcas durante o 5º Influent Minds

Adenize Portela, Beatriz Luanni, Leticia Scudeiro e Simone Nunes*

Com a participação de Andressa Ganacin, do canal do YouTube Dicas da Dedessa e Carlos Cereijo, do canal Tô na Pista, com mediação de Emerson Neves, gerente de Comunicação Corporativa do Grupo Petrópolis. O bate-papo “Quem tem medo da cocriação? O exercício de flexibilizar equipes na construção de campanhas com IDs” abordou a questão da relação dos influencers com as empresas, que buscam a melhor maneira de construir campanhas que gerem engajamento durante a quinta edição do Influent Minds.

Andressa comentou sobre o relacionamento das marcas com os influenciadores e sobre o seu canal que desde o início segue no nicho da estética. Questionada sobre propaganda, ela diz que não faz diretamente, afinal o erro das empresas é achar que o influenciador é vendedor, “Há cinco anos atrás era mais difícil a marca entender. Acho que até hoje tem um pouco dessa dificuldade das marcas compreenderem que somos influenciadores e não vendedores”, disse.

Andressa gosta de mostrar para o seu público os resultados dos produtos e o quanto ele funcionou na sua vida. Ainda relatou que existem empresas que exigem que o influenciador faça vídeos com uma propaganda mais direta, e esses normalmente não possuem um grande número de visualizações. Pensando nisso, deixou como conselho para os novos influenciadores a importância de se ter um Mídia Kit sobre seu método de trabalho e a forma de parceria que procura ter com a empresa.

Carlos Cereijo, abordou a relação das marcas de uma maneira mais abrangente. Seu canal foi criado com o intuito de ter empatia com as pessoas que assistem seus vídeos, então tenta criar com as empresas uma relação para que o público se identifique com o produto e não com a propaganda. Segundo Carlos seu maior concorrente são as outras redes sociais, por isso tenta prender a atenção do público a todo momento durante os vídeos. “Meu concorrente é o Tinder, o WhatsApp da família. Porque 70% das pessoas estão assistindo pelo celular. Então o cara está ali vendo o meu vídeo e tem uma distração e acaba saindo do vídeo”, disse.

Carlos alega que a propaganda sugerida pelas empresas com três minutos ou mais, passa a ser cansativa, perdendo credibilidade e visualizações. Sua ideia para melhorar essa relação, seria a criação de uma Websérie, onde o produto estaria relacionado com o vídeo, fazendo com que o público se identifique e que o canal não perca sua essência. Carlos finalizou o bate-papo com uma sugestão: “A dica que eu dou para os influenciadores é ‘façam o exercício mental de dizer não com um cheque bem grande na sua frente'”.

*O CECOM – Centro de Estudos da Comunicação firmou uma parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul e juntos promoveram um laboratório com os estudantes do curso de Jornalismo para a cobertura do FJRC 2019.

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