Pesquisa Consumo de Notícias do Brasileiro
Em novembro de 2016, a Advice Comunicação Corporativa, em parceria com a BonusQuest Pesquisas Bonificadas, realizou a Pesquisa Consumo de Notícias do Brasileiro. Com as novas tecnologias cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas, o foco da pesquisa era identificar os principais hábitos de consumo de informações nesse novo cenário. Ao todo, foram 1.111 respondentes, sendo 124 profissionais da área de comunicação.
Facebook: a gente se informa por aqui
Analisando esse momento, em que a redes sociais fazem parte da rotina da maioria dos brasileiros, a pesquisa identificou um dado interessante: 78% dos respondentes dizem utilizá-las para se informar. Disparado em primeiro lugar encontra-se o Facebook, elencado por mais de 60% dos respondentes como a mídia social digital usada para receber e compartilhar notícias. Em seguida, temos o Twitter com apenas 4% e o Linkedin com 2%.
Outra análise que chamou a atenção foi que 10% dos respondentes afirmaram que usam o Whatsapp para receber e compartilhar notícias.“A cultura mobile chegou até mesmo na forma com que as pessoas se informam, com um número grande de pessoas apontando o aplicativo de mensagens como alternativa para se manter informado, com grupos específico de informação, como do trabalho, de temas de interesses, de amigos e até das famílias fazendo o papel de fonte”, diz Fernanda Dabori, presidente da Advice Comunicação.
Será que é verdade?
Os números acima trazem uma discussão importante. As redes sociais facilitam o compartilhamento de notícias falsas. Como essa questão vem sendo muito discutida, e até o próprio Facebook já anunciou que vai avisar quando as notícias forem falsas, a pesquisa analisou quantas pessoas já espalharam informações não verdadeiras.
“42% dos respondentes indicaram que já compartilharam uma notícia falsa. Esse número é bem expressivo e preocupante. Pois entendemos que somente as pessoas que tiveram contato com a notícia verdadeira assinalaram essa alternativa. Ou seja, esse número pode ser potencialmente muito maior, pois algumas pessoas podem nem saber que disseminaram uma notícia falsa”, aponta Fernanda. Em relação aos profissionais de comunicação, esse número sobre para 48%. “Apesar de assustador, essa porcentagem pode ser justificada pelo fato dos profissionais compartilharem mais informações”, analisa a presidente. Além disso, acredita-se que as pessoas que trabalham nesse segmento tenham acesso à correção da informação mais rapidamente.
Mesmo utilizando as redes sociais para se informar, apenas 20% dos respondentes confiam frequentemente nelas e 64% confiam às vezes. Mesmo assim, apenas 40%, menos da metade, checa as informações antes de compartilhar.
“Outro fator preocupante é que nem sempre a pessoa que compartilhou a informação falsa compartilha também a correção da notícia. E outro agravante, ainda mais preocupante é que, muitas vezes, nem a própria fonte dá a mesma importância na hora de desmentir a notícia”, analisa Fernanda.
O brasileiro está se informando mais?
Outro dado interessante da pesquisa é que 25% usam três meio para se informar e 21% utilizam quatro tipos de veículos. Já 21% dos profissionais de comunicação se informam com três e 16% com quatro. Os Portais de Notícias (28%) é o veículos mais utilizado pelos brasileiros, seguido dos Jornais Online (26%) e TV (22%). Quando os profissionais de comunicação respondem, esse número muda um pouco, mas é bem parecido. Entre os respondentes, os Jornais Online (28%) vem em primeiro, depois Portais de Notícias (26%) e TV (20%).
Informações como as citadas acima demonstram que o brasileiro tem cada vez mais procurado novas alternativas para se informar. Sem deixar os veículos tradicionais de lado, as redes sociais também têm se mostrado uma ótima fonte de informação para a nossa população. O que vale refletir é o quanto é divulgado é verdade e como podemos fazer para melhorar o compartilhamento de notícias.