O Teatro CIEE mais uma vez foi o palco do encontro dos VPs, diretores e gestores de comunicação das principais empresas do país, ao receber o coquetel e a cerimônia de premiação aos vencedores do Empresas que Melhor se Comunicam com Jornalistas 2016.
Em um ano de turbulências políticas e econômicas, é com alento que o mercado de comunicação recebe esse reconhecimento não apenas por promover um trabalho eficiente, mas, principalmente, por sua transparência ao se relacionar com a mídia.
O mercado não é para amadores. E cada vez mais fica evidente que a estratégia de comunicação é vital, não somente para aproveitar oportunidades, mas, sim, criá-las a seu favor
“O sentimento que resume esse nosso sexto ano de premiação é confiança. Confiança na importância do reconhecimento das empresas que estão alinhadas às mudanças do mercado e que acreditam na relevância de uma comunicação eficiente”, aponta Márcio Cardial, publisher da revista Negócios da Comunicação, que promove o prêmio desde 2011.
Neste ano, foram 90 empresas premiadas em 31 atividades econômicas. Para selecioná-las, a cada ano a revista Negócios da Comunicação convida 25 mil jornalistas de todo o país para indicar, de modo livre e direto, os nomes das companhias com ações de comunicação eficientes.
Setor acirrado
Um sinal da maturidade do setor no país e de uma saudável e benéfica competitividade é que, mesmo após a consolidação do prêmio nesses anos, 25% dos vencedores da edição atual nunca haviam sido premiados — nomes como Atlas Schindler, Brasil Kirin, Copacol, Grupo Caoa, Laboratório Cristália, entre outros.
“O mercado não é para amadores. E cada vez mais fica evidente — mesmo para os mais tradicionalistas — que a estratégia de comunicação das empresas é vital não somente para aproveitar oportunidades mas, sim, criá-las a seu favor”, reforça Cardial.
Ele ainda aponta os percalços de se promover iniciativas de reconhecimento e promoção do setor. Afinal, com o encolhimento das receitas publicitárias em todas as áreas da economia, foi a confiança na importância desse reconhecimento que norteou a concretização do prêmio neste ano. “O Empresas é um projeto sem patrocinadores. Portanto, são nossos anunciantes da Negócios da Comunicação aqueles que não só acreditam, mas que apoiam e viabilizam nosso trabalho”, ressalta.
Homenagem
Paulo Nassar, diretor-presidente da Aberje, recebe homenagem das mãos de Gislaine Rosetti, diretora de assuntos corporativos da LATAM
Inevitável falar entre pares de comunicação empresarial sem falar de Paulo Nassar, homenageado do evento deste ano e diretor-presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), entidade que em 2017 completa 50 anos de existência.
“Esse prêmio não é para mim, é para vocês que representam esse movimento de engrandecimento, dessa comunicação feita dentro das instituições”, diz o jornalista ao receber a placa de “Comunicador do Ano”.
Nassar, que também é professor livre-docente da ECA-USP, publicou diversos livros referência para o setor, como a extensa obra “O que é Comunicação Empresarial”, “Relações Públicas na construção da responsabilidade histórica e no resgate da memória institucional das organizações”, entre muitos outros títulos. Em seu discurso, ele não só relembrou sua trajetória e da associação que comanda, mas a importância da função do jornalista.
Sinal da maturidade e saudável competitividade do setor é o resultado do prêmio: 25% das vencedoras nunca haviam sido premiadas
“Eu represento aqui um movimento maior. Há quase 50 anos, a Aberje reuniu um grupo de comunicadores no auditório da Folha da Manhã e a grande discussão era a gramatura do papel das publicações, uma preocupação técnica com a qualidade. E 50 anos depois estamos discutindo o que chamo de a gramatura do mundo, não só mais o papel das publicações, mas o do Estado e por assim em diante”, diz Nassar.
Segundo ele, essas transformações mostram como a área de comunicação evoluiu em termos de técnica, ética e estética. “É a responsabilidade de cada um de vocês de reproduzir as narrativas alinhadas com tudo isso. E que leve para um mundo melhor, melhores organizações e profissionais”, reforça.