Em tempos de redes sociais, TV ainda domina noticiário

A televisão continua sendo a mídia mais popular para consumo de notícias no Brasil, de acordo com a multinacional de pesquisa de mercado on-line, YouGov.

Apesar da TV aberta apresentar queda constante de audiência nos últimos anos, pelo menos no segmento de notícias continua sendo muito popular. Primeiro o problema: A TV Globo, SBT, Record e as demais emissoras de TV aberta tem  declinado de audiência nos últimos 4 anos, segundo o Ibope. Os streamings e canais online de entretenimento e notícias tem roubado a atenção do público. E a ladeira foi intensificada durante a pandemia. Vejam os números:  A Globo, que domina a TV aberta, apresentou números 14,48% inferiores a 2020. O SBT perdeu quatro pontos desde o início da pandemia do Covid, indo de 4,35 pontos para 2,43. A Record foi de 4,35 para 3,34. A Band, de 1,30 para 0,84.  A TV Globo perdeu 1/3 da audiência nos últimos anos. Globonews caiu 1 ponto. E até o Fantástico, líder absoluto nas casas dos brasileiros durante os domingos à noite, agora vive uma crise de queda de audiência.

TV aberta tem mais credibilidade em notícias

O entretenimento, que ganhou muitas outras opções no streaming e nos canais nas redes sociais são os responsável por essa queda da hegemonia na TV. Apesar disso, a Globo mantém seu status de líder dominando o noticiário. O YouGov indica que  63,7% dos entrevistados disseram ter usado a TV para se informar sobre histórias locais, nacionais e internacionais relevantes. A porcentagem ainda é estatística e substancialmente maior do que a registrada no segundo canal mais popular, as redes sociais, com 53,8%. Essas são as únicas mídias que são usadas regularmente por mais da metade dos adultos entrevistados.

O estudo também destaca que os brasileiros com idade entre 45 e 54 anos e aqueles com mais de 55 anos tendem a assistir a notícias na TV com mais frequência do que os jovens entre 18 e 24 anos (69,5% e 74,1%, vs. 49,3%).

As plataformas mais usadas pelos brasileiros que recebem notícias por meio desses aplicativos são o Instagram (do qual 83,1% desse nicho da população são membros), o Facebook (76,6%) e o YouTube (69,7%). Muito atrás na preferência, já que são usados por menos da metade dos brasileiros que assistem a notícias nas redes sociais, estão o TikTok (do qual 46,3% desse público são membros) e o LinkedIn (34%).

Digital versus tradicional: diferenças nos hábitos de consumo de notícias

Os dados de outra pesquisa, da Profiles, sugerem ainda que os brasileiros têm atitudes e comportamentos diferentes ao consumir notícias, dependendo se as recebem de canais digitais ou da mídia tradicional. Por exemplo, 43,7% das pessoas que consomem notícias pela TV, rádio ou publicações impressas dizem que confiam que os jornais publiquem a verdade. O número é estatisticamente mais baixo, 40,8%, entre aqueles que se informam em sites de notícias, aplicativos, podcasts, redes sociais e similares.

Os brasileiros que preferem a mídia tradicional também são mais propensos a dizer que confiam mais nos jornais estabelecidos do que nos tabloides, em comparação com aqueles que preferem canais digitais (39,2% vs. 36,9%, respectivamente). Da mesma forma, os brasileiros que obtêm suas informações da TV e similares tendem a dar mais importância ao histórico da mídia: 45,8% dizem que confiam na mídia com um histórico de objetividade, em comparação com apenas 43,5% entre os que preferem a mídia digital.

Por outro lado, os brasileiros que preferem a mídia tradicional são estatisticamente menos propensos a considerar as notícias de jornal com certo nível de ceticismo. Em comparação com aqueles que obtêm suas informações por meio de canais digitais, eles também têm menos probabilidade de acreditar que a mídia publica apenas um lado da história. Os dois grupos são mais ou menos iguais na opinião de que as notícias devem incentivar o debate, na lealdade aos canais de notícias preferidos e na expectativa de que, com frequência, há algum nível de viés político na mídia.

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