Uma parceria entre o governo de São Paulo e a Vivo promete ajudar no combate a Covid-19, o novo coronavírus. Usando recursos de big data da operadora, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, poderá consultar informações sobre deslocamento populacional, em tempo real, em diversos pontos de todo o Estado. Elas servirão de parâmetro às autoridades públicas no enfrentamento do avanço da doença. Outras ferramentas também estão sendo avaliadas.
Segundo Patricia Ellen, Secretária de Desenvolvimento Econômico: “Este é o primeiro resultado concreto do trabalho realizado pelo Grupo de Pesquisa, Tecnologia e Inovação do Gabinete de Combate à Covid-19, que vai usar Inteligência Artificial para medir o deslocamento populacional e avaliar os efeitos de medidas como a quarentena no combate à pandemia”.
O objetivo é que a análise estratégica dessas informações pelo Comitê Executivo de Governo e pelo Centro de Contingência do Coronavírus do Governo de São Paulo possa indicar tendências e antecipar os próximos passos da disseminação da Covid-19, bem como apontar a eficácia das medidas de isolamento social.
No modelo de “mapa de calor”, será possível apontar maior ou menor concentração populacional por localidade específica, em diferentes períodos. Como resultado, a equipe do IPT poderá identificar locais com maior concentração de pessoas em pontos estratégicos das cidades. No caso de hospitais, postos de saúde e pontos de vacinação, será possível avaliar se há grande fluxo de pessoas (bairro, cidade, etc), podendo inferir sobrecarga de atendimentos e uma concentração de casos de Covid-19 nas regiões de origem. Outra análise possível é sobre o isolamento social, entendendo o fluxo de pessoas nas principais vias da cidade e o deslocamento delas entre bairros da cidade.
“Temos agora a oportunidade de dar um ‘match’ entre essa plataforma de inteligência artificial e a nossa experiência de atuação em desastres naturais, considerando entre eles a pandemia da Covid-19”, informa o diretor-presidente do IPT, Jefferson de Oliveira Gomes.
Nesta parceria, as informações são geradas a partir de dados disponíveis na rede móvel da operadora relacionado exclusivamente ao deslocamento de grupos de pessoas. As informações são analisadas de forma agregada e anonimizadas e nunca individualizada, sempre respeitando a privacidade dos usuários. Vale ressaltar ainda que esses dados são acessíveis e comuns a qualquer operadora móvel do Brasil.