Redes Sociais e influenciadores crescem na pandemia

O período de isolamento social provocou maior número de acessos em redes sociais como Instagram e TikTok e prova ser uma oportunidade para influenciadores e marcas que desejam crescer e ganhar relevância com o público

A crise do coronavírus afetou a economia mundial, mas está mudando a maneira como as pessoas se comportam online. Mais de 2 milhões de pessoas estão em isolamento social no mundo inteiro, mas isso não significa que não estão se comunicando. E mesmo durante a crise, há possibilidades de crescimento.

“Vejo como uma oportunidade para as marcas consolidarem suas iniciativas com influenciadores. Muitas experiências que antes aconteciam de forma presencial, agora acontecerão exclusivamente no mundo virtual”, analisa Everton Schultz, presidente da Ágora Comunicação. Aulas, shows, programas e mais conteúdos offline estão migrando para as redes.

Uma das expectativas é que criadores de conteúdo saibam utilizar o espaço para entreter, mas ao mesmo tempo conscientizar o público, consolidando a imagem durante o período de isolamento, quando o acesso às redes cresce exponencialmente.
“As marcas que foram sagazes e criativas para utilizar os influenciadores como embaixadores e canais de engajamento com seus públicos conseguirão sucesso. Já estamos vendo isso durante o isolamento social, com as inúmeras lives e experiências com artistas e influenciadores diversos”, analisa Schultz.

ISOLAMENTO?

Um estudo realizado pela Spark, durante o mês de março, apontou que influenciadores que publicaram sobre o coronavírus tiveram uma taxa de engajamento média aumentada em 1,2 vezes em relação às suas publicações tradicionais. É o caso de Gabriela Pugliesi, que ganhou cerca de 120 mil seguidores após revelar que testou positivo para a Covid-19.

Durante o pico da crise mundial, Facebook, Instagram e WhatsApp tiveram um crescimento de cerca de 40% no período, apontam dados de março divulgados pela Kantar.

Já a Squid, especializada em marketing de influência, também apontou números positivos para o período de isolamento social: em comparação com o mesmo período no ano passado, houve um aumento de 24% na taxa de engajamento e 27% no alcance efetivo da ferramenta de ‘Stories’ do Instagram.

REDES EM ALTA

Ainda em abril, a rede de Mark Zuckerberg lançou um novo recurso, temporário, para as pessoas reagirem às publicações. O botão de “força”, com um emoji que simboliza um abraço e um coração, foi criado para o período de quarentena.

E além do aumento geral no uso dos aplicativos, uma ferramenta se destaca: as lives do Instagram cresceram 70% no mesmo mês. Atualmente, artistas brasileiros se apresentam diariamente na web com patrocínio de marcas de cerveja, usando álcool em gel e reforçando a mensagem para que todos fiquem em casa. Além disso, são aulas de culinária, idioma, dança, treinos e até mesmo a recriação de formatos da televisão para a telinha do celular.

O Instagram também foi o primeiro a lançar um “selo” com os dizeres “Fique em casa” e um recurso chamado co-watching, que permite mostrar imagens para um amigo durante uma videochamada feita dentro do próprio app. O distanciamento social é amenizado com as estratégias das redes.

PARA VER E REVER

Os vídeos se tornaram um recurso bastante procurado pelos usuários durante a quarentena. O destaque fica para o YouTube, que recentemente tem sido uma das plataformas principais de lives que alcançam milhões de pessoas – como aconteceu na apresentação de Sandy&Junior, que alcançaram mais mais de 2,6 milhões de acessos simultâneos (batendo Marília Mendonça, com 3,2 milhões) e mais de 14 milhões de visualizações.

Recentemente, porém, a queda de lives de artistas que não cumpriram as regras do YouTube trouxe à tona a questão: é possível tudo na internet? No caso do site de vídeos do Google, não. Cantar músicas de outros artistas ou exibir banners de anúncios no formato semelhante aos veiculados pela plataforma, são motivos para “derrubar” uma live. Tais regras afastaram alguns artistas da atividade.

Porém, há mais conteúdos sendo procurados pelos usuários na rede. Como utoriais de como fazer máscaras caseiras, higienização correta de alimentos e da casa e os programas postados dentro da plataforma. Um exemplo de popularidade é o programa MasterChef, que tem um canal no YouTube e viu o número de acessos crescer 30% entre os dias 24 de março e 2 de abril.

O TikTok novo fenômeno entre os jovens se tornou o segundo aplicativo mais baixado na internet, ultrapassando 1 bilhão de downloads apenas no Android. Artistas têm se engajado na rede e promovem vídeos diariamente – ele só perde para o Instagram, que acaba servindo como base para a divulgação do conteúdo.

Até mesmo o Snapchat, que perdeu espaço para os concorrentes diretos, apresentou crescimento no período de quarentena. São 20% a mais de usuários, chegando a 230 milhões de pessoas apenas no primeiro trimestre de 2020 – cerca de 39 milhões de novos usuários ativos por dia.
Ainda não há previsão de quando a quarentena irá acabar no mundo inteiro – o que não acontecerá de uma vez em todos os países -, mas a maneira que o público se relaciona com as redes sociais, as estratégias das marcas e a interação social nunca mais serão os mesmos.

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