O mundo corporativo enfrenta hoje o desafio de acompanhar o alucinante processo de sucessivas transformações desencadeado pela era digital. O novo ambiente demanda atitudes diferentes das empresas, assim como uma revisão do pensamento estratégico de seus executivos. Em um cenário dominado pela tecnologia e pelas mídias sociais, as pessoas encontram cada vez mais espaço e facilidade para se manifestarem. Opinam sobre tudo e sobre todos, gerando condições para a proliferação das Fake News em uma velocidade nunca antes imaginada. Mas o que as marcas e as empresas estão fazendo para se prepararem para esse novo cenário?
Organizações de todas as áreas e dos mais variados portes vivem em situação de risco por não terem planos de crise apropriados para esse cenário. É necessário redesenhar as políticas corporativas para lidar com esse tipo de situação e treinar as equipes para tomar decisões rápidas e eficazes de forma a preservar a imagem e a reputação da empresa.
A seguir, enumero 10 sugestões para se proteger das Fake News e das crises que elas podem gerar:
1. Transparência acima de tudo – É fundamental ter um canal aberto de comunicação com os públicos de interesse com o intuito de divulgar novidades, esclarecer dúvidas, prestar contas e responder a questionamentos. A interação deve ser constante, via canais previamente estabelecidos e absolutamente sincera, inclusive para reconhecer problemas e indicar como eles serão solucionados.
2. Monitore o que falam de sua empresa – Utilize ferramentas de monitoramento e agências especializadas para ouvir e interpretar o que falam de sua companhia e de suas marcas nas mídias sociais e na Internet como um todo. Esse acompanhamento precisa ser constante, 24 horas por dia e 365 dias por ano. Não adianta acionar um serviço como esse apenas quando uma crise de grandes proporções já está estabelecida.
3. O exemplo começa em casa – Conscientize seus funcionários sobre os efeitos negativos que informações precipitadas ou falsas podem causar à empresa.
4. Responda as notícias falsas prontamente – Fake News precisam ser respondidas imediatamente. Para garantir a agilidade necessária nesses casos, é preciso definir previamente as respostas e mensagens para eventuais situações adversas, assim como determinar quais canais serão utilizados e quem será responsável por colocar em ação o plano de contingência.
5. Escolha com quem andas… – Empresas com propósitos bem definidos tendem a reunir profissionais que compartilham os mesmos ideais e princípios. Portanto, é fundamental construir um conjunto sólido de missão/visão/valores, assim como políticas de conduta e de ética. Tais princípios devem ser difundidos entre funcionários e parceiros em geral, pois eventuais problemas na cadeia afetam diretamente todas as marcas e empresas envolvidas.
6. Admita as falhas – A empresa, assim como todos os humanos, vai errar. O mais importante é reconhecer rapidamente a falha e dedicar seu tempo para indicar como ela irá ser prontamente solucionada. Crises podem ser oportunidades, se bem aproveitadas.
7. Não há tempo a perder – Os problemas não se resolvem sozinhos com o tempo. Com a Internet e as mídias sociais, as informações são divulgadas em segundos, crescem em velocidade exponencial e atingem escala global. Até mesmo um post pode ter repercussão mundial. Aja rapidamente.
8. Um mapa dos riscos – Alertas são diferentes de emergências que, por sua vez, são distintos de crises. Juntamente com cada área de negócios, identifique e mapeie os riscos corporativos. Estabeleça uma escala para a gravidade de cada um deles, criando alertas por cor ou número (verde, amarelo e vermelho – 1,2,3). E estabeleça planos de ação para cada um deles.
9. Selecione seus melhores talentos – Situações de crise demandam os melhores cérebros. Selecione previamente uma equipe com capacidade de trabalhar em conjunto para atuar nas emergências e nas situações críticas. O ambiente de pressão requer gente talentosa e experiente.
10. Não desperdice oportunidades – Acione as lideranças de alto escalão e o grupo de emergência sempre de forma muito criteriosa e quando for realmente necessário. Chamar todos para resolver situações rotineiras cria uma