Na era da tecnologia, o talento humano é essencial

É tentador concluir que este mundo digital, cada vez mais automatizado, impulsionado por dados e superconectado, não requeira toque humano, porém vou mostrar que essa afirmação está bastante distante da realidade em que acreditamos

É tentador concluir que este mundo digital, cada vez mais automatizado, impulsionado por dados e superconectado, não requeira toque humano, porém vou mostrar que essa afirmação está bastante distante da realidade em que acreditamos. Pensamento criativo, questões complexas de comunicação e verificação de tendências abstratas são tarefas “humanas” essenciais nos dias atuais. Isso significa que talentos humanos podem ser aproveitados de forma ainda mais eficaz quando unidos às tecnologias de marketing e comunicação disponíveis.

As tendências que apresento a seguir comprovam essa visão. Elas foram reveladas a partir de uma pesquisa com 400 profissionais de comunicação que trabalham em 22 países, espalhados nos cinco continentes. Não se trata de um estudo quantitativo, pois se baseia em experiências de vida reais e em insights de profissionais de comunicação e de marketing que proporcionam uma visão prática e “humana” das dimensões variáveis do cenário de marketing que experimentaremos no ano de 2016.
O seu website não é tão importante – É quase uma heresia pensar em não direcionar os usuários ao website de seu produto ou de sua marca. Afinal, foram investidos vários recursos e esforços para desenvolvê-lo e mantê-lo atualizado. Mas chegou a hora de fazer uma transição de campanhas centradas em websites para diversificação de plataforma, o que significa deixar a zona de conforto de seus próprios websites e ir para onde o público realmente está.
A BuzzFeed, empresa norte-americana de mídias de notícias e entretenimento, está preparando o caminho: atualmente gera 52% de todas as suas visualizações fora de seu próprio website por meio de vídeos nas redes Snapchat, YouTube e Facebook. Por certo essa não é uma transição que você vai querer ignorar, ao menos que você esteja disposto a correr o risco de perder leads valiosos ao se concentrar única e exclusivamente em direcionar o público para o website.
A idade é só um número – Os comunicadores eficazes devem romper com a segmentação de faixas etárias amplas e adotar uma abordagem uniformizada. Muitas marcas foram responsáveis pelo marketing extensivo à ‘Geração Y’ especificamente, com base em um conjunto presumido de valores, experiências de vida e ­perspectivas. Para o ano de 2016, o objetivo será não depender tanto de faixas etárias.

A Realidade Virtual será um meio significativo para influenciar os consumidores na decisão de compra, devido à capacidade de “recriar” o que é prometido

O foco será nos comportamentos, nas experiências únicas e em interesses individuais para uma abordagem mais impactante. Se antes categorizávamos o público em grandes grupos não significativos, agora, podemos envolver grupos de interesse de nicho. Antes o nosso alvo era indiscriminado, mas hoje temos a possibilidade de abordar públicos de maneira ­individual e hiperlocal, sem ter de negociar personalização para obter esse tipo de alcance.
Seu público está “matando” os anúncios – Visto que os consumidores podem bloquear os anúncios em transmissões de vídeo e em dispositivos móveis, as marcas terão de ficar atentas com relação à forma de influenciá-los. Ir além dos anúncios tradicionais e displays digitais não significa estar sem opções. É possível, por exemplo, alcançar o público em plataformas sem anúncios.
Criar oportunidades em que o engajamento seja uma escolha dos consumidores permitirá influenciá-los sem prejudicar a experiência. Isso pode ser obtido por meio da introdução de jogos e aplicativos que criam situações emocionalmente envolventes e que geram um engajamento positivo com a marca. Desenvolver um entendimento profundo das plataformas nas quais se deseja fazer a comunicação define a base para estabelecer campanhas eficazes que não dependem de anúncios tradicionais.
A Realidade Virtual é a nova ­realidade – “Experimentar antes de comprar” não se aplica mais apenas à categoria de produtos e serviços. Agora, marcas podem permitir que os consumidores passem por experiências antes de tomarem uma decisão de comprar. Imagine, por exemplo, poder convidar um consumidor para provar como seria viajar para uma ilha tropical. Adicione a esse cenário o vento, a sensação das gotículas da água do mar em seus rostos e até mesmo o cheiro do mar.

Os consumidores aplicarão seu poder de compra com base no quão próximo os valores da marca estão dos seus. Assim, é essencial que as marcas sejam responsáveis e  adotem uma postura arrojada e diplomática ao se posicionarem

As experiências da Realidade Virtual serão um meio significativo para influenciar os consumidores devido à sua capacidade de “recriar” a experiência prometida. Considerando os inúmeros aplicativos no setor com fins lucrativos, a Realidade Virtual terá a probabilidade de causar um impacto ainda maior nos setores sem fins lucrativos e beneficentes. Permitir que potenciais doadores “se deparem” com a aflição de vítimas de desastres ou de guerra, por exemplo, irá, sem sombra de dúvidas, levar a mais contribuições, visto que os consumidores podem se relacionar melhor com a necessidade presente.
O ativismo baseado em valor será o seu sucesso ou o seu fracasso – As companhias não podem mais deixar de tomar uma posição sobre a polarização de questões sociais e políticas. Os consumidores aplicarão seu poder de compra com base no quão próximo os valores sociais e econômicos da marca estão dos seus próprios.
Como resultado, é essencial que as marcas não tenham somente valores responsáveis, mas que sejam arrojadas e diplomáticas ao tomar uma posição sobre eles. Apesar de os valores sociais sempre terem sido importantes aos consumidores, em 2016, as companhias terão que construir seus valores no núcleo de suas campanhas de comunicação em vez de simplesmente publicá-los em uma página obscura “sobre nós”.

Como comunicadores, um dos maiores erros que podemos cometer é supor que o que funcionou antes continuará sendo eficaz. Os rápidos avanços em tecnologia e as mudanças na perspectiva do consumidor podem significar que alguns meses “fora da jogada” podem ser prejudiciais.
Se você pretende acompanhar e superar sua concorrência no ano de 2016, faça o download do relatório sobre Tendências das Comunicações, no site http://www.hotwirepr.us/trends, e obtenha uma análise completa das tendências verificadas, quais estratégias serão mais eficientes e como você e sua marca podem acompanhar as mudanças para se tornar um comunicador mais eficaz.

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