Quais são as metas para o mercado editorial premium no país?
A forma com que a Teads opera em todo o mundo envolve principalmente parcerias exclusivas com os principais publishers. Estamos felizes em anunciar que fechamos nosso primeiro grande negócio exclusivo com um dos mais conhecidos e respeitados publishers do Brasil, o Grupo Abril. Acreditamos que a conjunção de conteúdo de alta qualidade com tecnologia em vídeo realmente pode oferecer serviços superiores para clientes brasileiros. Apenas os times comerciais da Abril e da Teads têm o direito de vender vídeo outstream dentro das publicações da Abril, e a parceria está apenas começando. Buscamos, assim como nos Estados Unidos e no Reino Unido, fazer mais acordos deste tipo em breve. Estamos, inclusive, negociando com algumas empresas e esperamos ter novidades em breve. Globalmente, já possuímos 300 dessas parcerias exclusivas com publishers.
Como fazer a adaptação de vídeos para TV no mobile?
Podemos destacar nossa campanha com o inRead Vertical para a Axe, da Unilever, que apresentou um completion rate de 51%. Ao utilizar o inRead, a Axe se tornou a primeira marca a lançar uma campanha com uso nativo de vídeo vertical no mobile por compra programática na América Latina. Com a chegada do Teads Studio, será possível transformar anúncios de TV em anúncios de engajamento ainda maior no mobile. Conseguimos transformar qualquer anúncio em horizontal para TV em formato vertical para mobile, e conferimos ainda um efeito 360o: você assiste o anúncio no mobile e, ao virar a tela, consegue assistir ao restante do conteúdo presente no vídeo. Um estudo recente da Teads revela que, quando comparamos o desempenho do vídeo produzido para TV com o vídeo vertical, o último possui um ad recall 2,9 vezes mais alto, e os consumidores expostos aos vídeos verticais são 39% mais suscetíveis a uma opinião favorável do anunciante.
Como o vídeo nativo se alia com estratégias de content marketing?
A sinergia é enorme, já que se trata de um formato não invasivo exibido para uma audiência segmentada, onde a predisposição para interagir com as marcas aumenta. Os native ads, sobretudo os vídeos nativos, compõem um formato único e extremamente personalizável, integrando-se facilmente às páginas de texto. Os anunciantes são cobrados depois que pelo menos 50% do vídeo foi visualizado por pelo menos 30 segundos no desktop e 15 segundos no mobile.
Quanto o segmento movimenta?
A receita desses anúncios totalizou US$ 3,54 bilhões em 2015 e irá alcançar US$ 13,3 bilhões em 2020, segundo o relatório global anual sobre entretenimento e mídia da PwC, divulgado em julho deste ano. No Brasil, de acordo com o EMarketer, a estimativa de gastos com mobile advertising irá ultrapassar os US$ 3 bilhões em 2019 — três vezes mais do que estava planejado para o ano. Outro estudo, publicado pelo Instituto de Líderes Digitais da Reuters, revelou em 2016 que 79% dos líderes digitais mundiais planejam investir mais em vídeo do que realizaram em 2015.
É possível que a demanda por native ads sature esse canal?
O inventário é praticamente ilimitado, uma vez que toda página de texto na internet tem potencial para entregar um anúncio em vídeo. Sob o ponto de vista criativo, o mercado ainda está começando a explorar os recursos e features para criação em vídeo.
O que motivou a criação de um programa de certificação?
A Teads criou um programa de certificação para educar o mercado sobre vídeo outstream e mídia programática. Oferecemos treinamento para as agências e trading desks a fim de mostrar como o outstream se encaixa no planejamento de mídia, como ler e avaliar métricas em comparação com outros formatos, além de instruções passo a passo sobre como comprar outstream programaticamente.
Quais são as perspectivas para 2017?
Temos convicção de que a chegada do Teads Studio vai movimentar, e muito, o mercado publicitário. Também iremos auxiliar a transformação de anúncios de TV em peças interativas de maior engajamento em dispositivos móveis, pensando sempre em Mobile First e impulsionando o crescimento do segmento da mídia programática no Brasil e na América Latina.